KEN SARO-WIWA, PRESENTE!”: DISCUSSÕES SOBRE ARTE, ATIVISMO E RACISMO AMBIENTAL

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2017-07-28

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Ken Saro-Wiwa foi um reconhecido escritor, produtor e ativista nigeriano que dedicou a maior parte da sua vida lutando contra a marginalização de grupos étnicos minoritários e a exploração abusiva de petróleo na região do Delta do Níger, naNigéria. Em 1990, em Ogoni, sua terra natal, Ken Saro-Wiwa organizou o Movimento pela Sobrevivência do Povo Ogoni (MOSOP), um ativismo de insurgência indígena contra o colonialismo energético que, em 1993, expulsou a Shell de seu território após uma manifestação histórica com trezentas mil pessoas. Identificado como figura chave e porta-voz do movimento, Ken Saro-Wiwa foi preso várias vezes. Em 1995, ao lado de mais oito ativistas do MOSOP, Ken Saro-Wiwa foi julgado por um tribunal militar fraudulento e condenado à pena de morte. Rememorado como mártir e símbolo do movimento de resistência pacífica em Ogoni, sua história de ativismo contra o genocídio e as práticas de racismo ambiental no Delta do Níger permanece viva, presente. Com o objetivo de investigar seu legado, realizei em 2015, por ocasião dos vinte anos de sua morte, um Estágio Sanduíche em Londres onde pude participar e documentar uma intensa movimentação artística em sua homenagem e em solidariedade à resistência do povo ogoni. Como resultado, apresento o documentário longa-metragem “Ken Saro-Wiwa, presente!” e este estudo, escrito a partir de uma perspectiva teórico-metodológica interdisciplinar, especialmente construída no diálogo com autores dos chamados estudos pós-coloniais e do pensamento descolonial. Neste trabalho, apresento o conceito de racismo ambiental, contextualizo a história de Ken Saro-Wiwa, do MOSOP e da exploração de petróleo no Delta do Níger, e discuto a relevância política e cultural de projetos artísticos dedicados à memória de Ken Saro-Wiwa em Londres. Reconhecendo as interdependências entre os lugares e o papel que Londres ocupa nas geopolíticen Saro-Wiwa foi um reconhecido escritor, produtor e ativista nigeriano que dedicou a maior parte da sua vida lutando contra a marginalização de grupos étnicos minoritários e a exploração abusiva de petróleo na região do Delta do Níger, na Nigéria. Em 1990, em Ogoni, sua terra natal, Ken Saro-Wiwa organizou o Movimento pela Sobrevivência do Povo Ogoni (MOSOP), um ativismo de insurgência indígena contra o colonialismo energético que, em 1993, expulsou a Shell de seu território após uma manifestação histórica com trezentas mil pessoas. Identificado como figura chave e porta-voz do movimento, Ken Saro-Wiwa foi preso várias vezes. Em 1995, ao lado de mais oito ativistas do MOSOP, Ken Saro-Wiwa foi julgado por um tribunal militar fraudulento e condenado à pena de morte. Rememorado como mártir e símbolo do movimento de resistência pacífica em Ogoni, sua história de ativismo contra o genocídio e as práticas de racismo ambiental no Delta do Níger permanece viva, presente. Com o objetivo de investigar seu legado, realizei em 2015, por ocasião dos vinte anos de sua morte, um Estágio Sanduíche em Londres onde pude participar e documentar uma intensa movimentação artística em sua homenagem e em solidariedade à resistência do povo ogoni. Como resultado, apresento o documentário longa-metragem “Ken Saro-Wiwa, presente!” e este estudo, escrito a partir de uma perspectiva teórico-metodológica interdisciplinar, especialmente construída no diálogo com autores dos chamados estudos pós-coloniais e do pensamento descolonial. Neste trabalho, apresento o conceito de racismo ambiental, contextualizo a história de Ken Saro-Wiwa, do MOSOP e da exploraçãode petróleo no Delta do Níger, e discuto a relevância política e cultural de projetos artísticos dedicados à memória de Ken Saro-Wiwa em Londres. Reconhecendo as interdependências entre os lugares e o papel que Londres ocupa nas geopolíticas neocoloniais de exploração de petróleo, os projetos artísticos apresentados nesta tese denunciam práticas abusivas por instituições públicas e privadas na exploração de petróleo, colaboram no processo de reivindicação por políticas de reparação às vítimas dessa “guerra silenciada” e, sobretudo, mostram que a arte pode exercer pressão política por mudanças sociais. as neocoloniais de exploração de petróleo, os projetos artísticos apresentados nesta tese denunciam práticas abusivas por instituições públicas e privadas na exploração de petróleo, colaboram no processo de reivindicação por políticas de reparação às vítimas dessa “guerra silenciada” e, sobretudo, mostram que a arte pode exercer pressão política por mudanças sociais.

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Palavras-chave

Ken Saro-Wiwa, arte ativista, petróleo, racismo ambiental, justiça ambiental

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