KEN SARO-WIWA, PRESENTE!”: DISCUSSÕES SOBRE ARTE, ATIVISMO E RACISMO AMBIENTAL

dc.contributor.advisorCélia Maria Antonacci Ramos
dc.contributor.authorELISA RODRIGUES DASSOLER
dc.contributor.bancaAndréia da Silva Moassab
dc.coverage.extent239
dc.coverage.spatialFlorianópolis
dc.date.accessioned2024-05-22T13:20:41Z
dc.date.available2024-05-22T13:20:41Z
dc.date.issued2017-07-28
dc.description.abstractKen Saro-Wiwa foi um reconhecido escritor, produtor e ativista nigeriano que dedicou a maior parte da sua vida lutando contra a marginalização de grupos étnicos minoritários e a exploração abusiva de petróleo na região do Delta do Níger, naNigéria. Em 1990, em Ogoni, sua terra natal, Ken Saro-Wiwa organizou o Movimento pela Sobrevivência do Povo Ogoni (MOSOP), um ativismo de insurgência indígena contra o colonialismo energético que, em 1993, expulsou a Shell de seu território após uma manifestação histórica com trezentas mil pessoas. Identificado como figura chave e porta-voz do movimento, Ken Saro-Wiwa foi preso várias vezes. Em 1995, ao lado de mais oito ativistas do MOSOP, Ken Saro-Wiwa foi julgado por um tribunal militar fraudulento e condenado à pena de morte. Rememorado como mártir e símbolo do movimento de resistência pacífica em Ogoni, sua história de ativismo contra o genocídio e as práticas de racismo ambiental no Delta do Níger permanece viva, presente. Com o objetivo de investigar seu legado, realizei em 2015, por ocasião dos vinte anos de sua morte, um Estágio Sanduíche em Londres onde pude participar e documentar uma intensa movimentação artística em sua homenagem e em solidariedade à resistência do povo ogoni. Como resultado, apresento o documentário longa-metragem “Ken Saro-Wiwa, presente!” e este estudo, escrito a partir de uma perspectiva teórico-metodológica interdisciplinar, especialmente construída no diálogo com autores dos chamados estudos pós-coloniais e do pensamento descolonial. Neste trabalho, apresento o conceito de racismo ambiental, contextualizo a história de Ken Saro-Wiwa, do MOSOP e da exploração de petróleo no Delta do Níger, e discuto a relevância política e cultural de projetos artísticos dedicados à memória de Ken Saro-Wiwa em Londres. Reconhecendo as interdependências entre os lugares e o papel que Londres ocupa nas geopolíticen Saro-Wiwa foi um reconhecido escritor, produtor e ativista nigeriano que dedicou a maior parte da sua vida lutando contra a marginalização de grupos étnicos minoritários e a exploração abusiva de petróleo na região do Delta do Níger, na Nigéria. Em 1990, em Ogoni, sua terra natal, Ken Saro-Wiwa organizou o Movimento pela Sobrevivência do Povo Ogoni (MOSOP), um ativismo de insurgência indígena contra o colonialismo energético que, em 1993, expulsou a Shell de seu território após uma manifestação histórica com trezentas mil pessoas. Identificado como figura chave e porta-voz do movimento, Ken Saro-Wiwa foi preso várias vezes. Em 1995, ao lado de mais oito ativistas do MOSOP, Ken Saro-Wiwa foi julgado por um tribunal militar fraudulento e condenado à pena de morte. Rememorado como mártir e símbolo do movimento de resistência pacífica em Ogoni, sua história de ativismo contra o genocídio e as práticas de racismo ambiental no Delta do Níger permanece viva, presente. Com o objetivo de investigar seu legado, realizei em 2015, por ocasião dos vinte anos de sua morte, um Estágio Sanduíche em Londres onde pude participar e documentar uma intensa movimentação artística em sua homenagem e em solidariedade à resistência do povo ogoni. Como resultado, apresento o documentário longa-metragem “Ken Saro-Wiwa, presente!” e este estudo, escrito a partir de uma perspectiva teórico-metodológica interdisciplinar, especialmente construída no diálogo com autores dos chamados estudos pós-coloniais e do pensamento descolonial. Neste trabalho, apresento o conceito de racismo ambiental, contextualizo a história de Ken Saro-Wiwa, do MOSOP e da exploraçãode petróleo no Delta do Níger, e discuto a relevância política e cultural de projetos artísticos dedicados à memória de Ken Saro-Wiwa em Londres. Reconhecendo as interdependências entre os lugares e o papel que Londres ocupa nas geopolíticas neocoloniais de exploração de petróleo, os projetos artísticos apresentados nesta tese denunciam práticas abusivas por instituições públicas e privadas na exploração de petróleo, colaboram no processo de reivindicação por políticas de reparação às vítimas dessa “guerra silenciada” e, sobretudo, mostram que a arte pode exercer pressão política por mudanças sociais. as neocoloniais de exploração de petróleo, os projetos artísticos apresentados nesta tese denunciam práticas abusivas por instituições públicas e privadas na exploração de petróleo, colaboram no processo de reivindicação por políticas de reparação às vítimas dessa “guerra silenciada” e, sobretudo, mostram que a arte pode exercer pressão política por mudanças sociais.
dc.description.abstractother1Ken Saro-Wiwa was a well-known Nigerian writer, producer and activist who dedicated most of his life to the fight against marginalization of ethnic minority groups in his country and oil exploitation in the Niger Delta. In 1990, in his hometown of Ogoni, Ken Saro-Wiwa led the Movement for the Survival of the Ogoni People (MOSOP). This was an indigenous insurgency activism fighting against energy colonialism that in 1993 ousted Shell from its territory after a historic demonstration with three hundred thousand people. Identified as key figure and spokesperson for the movement, Ken Saro-Wiwa was arrested several times. In 1995, along with eight other MOSOP activists, Ken Saro-Wiwa was tried by a fraudulent military court and sentenced to death. Reminisced as a martyr and symbol of the peaceful resistance movement in Ogoni, his history of fighting genocide and practices of environmental racism in the Niger Delta remains present and alive. In order to investigate his legacy, I completed an internship in London in 2015 where I was able to participate and document an intense artistic movement in his honor and in solidarity with the resistance of the Ogoni people. As a result of this endeavor, I am introducing the documentary film “Ken Saro-Wiwa lives on” as well as this study, written from an interdisciplinary theoretical-methodological perspective, built to a large extent on dialogue with authors of post-colonial studies and decolonial thinking. In the first section of this work, I outline the concept of environmental racism and contextualize the history of Ken Saro-Wiwa, MOSOP, and oil exploitation in the Niger Delta. In the second section, I discuss the political and cultural relevance of artistic projects dedicated to the memory of Ken Saro-Wiwa in London. Recognizing the interdependencies between places and, especially, London's place in the neo colonial geopolitics of oil exploitation, the artistic projects presented in this thesis denounce abusive practices by public and private institutions when it comes to oil exploration; the artistic projects collaborate in the process of claiming for reparation policies to the victims of this “silenced war” and, above all, show that art can put political pressure for social change.
dc.identifier.urihttps://labtecgc.udesc.br/dspace-lab-01/handle/hdl-lab-01-s01/97
dc.language.isoPortuguês (Brasil)
dc.relation.departamentcentro de artes
dc.relation.institutionnameUniversidade do Estado de Santa Catarina
dc.relation.ppgnamePrograma de Pós-Graduação em Comunicação Visual
dc.subjectKen Saro-Wiwa
dc.subjectarte ativista
dc.subjectpetróleo
dc.subjectracismo ambiental
dc.subjectjustiça ambiental
dc.subject.capesLingüística, Letras e Artes - Artes
dc.subject.cnpqLingüística, Letras e Artes - Artes
dc.titleKEN SARO-WIWA, PRESENTE!”: DISCUSSÕES SOBRE ARTE, ATIVISMO E RACISMO AMBIENTAL
dc.typeTese

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